O que é são longuinho?

São Longuinho: O Santo dos Objetos Perdidos

São Longuinho é um santo popular na Igreja Católica, invocado para ajudar a encontrar objetos perdidos. Embora sua existência histórica seja controversa e não haja muitas informações documentadas sobre sua vida, a tradição o identifica como o centurião romano que perfurou o lado de Jesus com uma lança durante a crucificação.

A história mais comum conta que Longuinho sofria de problemas de visão. Ao perfurar o lado de Cristo, o sangue respingou em seus olhos, curando-o instantaneamente. Essa experiência teria levado à sua conversão ao cristianismo e, eventualmente, ao seu martírio.

A Devoção e a Busca por Objetos Perdidos:

A associação de São Longuinho com a busca por objetos perdidos é um desenvolvimento relativamente recente da devoção popular. Não há uma razão canônica clara para essa ligação, mas existem algumas teorias:

  • A Busca pela Fé: Alguns acreditam que a busca por objetos perdidos simboliza a busca pela fé ou por algo importante em nossas vidas. Assim como Longuinho encontrou a fé através de um momento de iluminação, a oração a ele pode nos ajudar a "encontrar" o que procuramos.
  • Símbolo da Perda e Encontro: O ato de perder algo e depois encontrar pode ser visto como uma metáfora para a vida, com seus altos e baixos. São Longuinho, tendo encontrado a fé após um período de escuridão (a cegueira), torna-se um símbolo dessa transformação.

Como Agradar São Longuinho (Tradicionalmente):

A tradição popular dita que, para que São Longuinho ajude a encontrar um objeto perdido, deve-se prometer a ele três pulinhos e um grito de "São Longuinho, São Longuinho, fazei com que eu ache!". Em algumas variações, a promessa é de oferecer-lhe balas ou doces caso o objeto seja encontrado.

Controvérsias e Reconhecimento:

Embora a devoção a São Longuinho seja muito popular, é importante ressaltar que a Igreja Católica não o reconhece oficialmente como santo. Sua festa litúrgica, celebrada em 15 de março, foi removida do calendário litúrgico em 1969. No entanto, a fé popular e a tradição mantêm viva a devoção a ele, especialmente no Brasil.

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